Paul Schrader, diretor de cinema conhecido como o roteirista de Taxi Driver, foi acusado de assédio sexual e moral por uma ex-assistente. A denúncia foi feita na queixa de uma quebra de acordo, submetida na última quinta-feira (3) no tribunal de Nova York. Schrader nega as acusações.

O documento aponta que o diretor e a ex-funcionária —que não divulgou o seu nome— chegaram a um acordo na justiça sobre o assunto no último mês de fevereiro. Mas furou os termos do acordo, o que levou a acusação a vir a público.

De acordo com o relato da assistente, o assédio aconteceu entre os anos de 2021 e 2024. Advogado da funcionária, Menaka Fernando diz à NBC News que ela está buscando garantir que o acordo seja cumprido.

O processo ainda diz que um dos casos aconteceu no Festival de Cannes de 2024, em maio, quando o cineasta teria exigido que a assistente fosse ao seu quarto. Ele teria a trancado lá, segurado seus braços e forçado o rosto no seu para dar um beijo contra a sua vontade.

A ex-funcionária ainda diz que durante o trabalho Schrader usou a sua posição para forçá-la a trabalhar em um ambiente descrito como "sexualmente hostil, intimidante e humilhante".

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Já o advogado de Paul Schrader, Phillip Kessler, diz à IndieWire que o caso envolveria dois beijos durante o que ele classifica como noites regadas à álcool, com o diretor recuando após entender que não houve reciprocidade da assistente. Ele confirma que o segundo incidente teria ocorrido durante o último Festival de Cannes.

Sobre o descumprimento do acordo, o documento submetido por Fernando diz que Kessler contatou a sua equipe para informar que Schrader não pagaria os valores combinados após fazer uma "investigação da alma". Os valores não foram divulgados.

Fonte: Omelete // Pedro Strazza