Um dos filmes mais lembrados na temporada de premiações deste ano, O Brutalista usou softwares de inteligência artificial para dois setores cruciais da história. Em entrevista ao RedSharkNews, o montador Dávid Jancsó confirmo o uso da ferramenta para questões de som e de imagens vistas no filme de Brady Corbet.

De acordo com Jancsó, a inteligência artificial foi usada primeiro para ajudar o elenco a soar mais húngaro enquanto falavam a língua do país. De acordo com o criativo, o programa foi usado com o consentimento dos atores, incluindo Adrien Brody e Felicity Jones.

"Alguns ajustes foram necessários para melhorar letras específicas dos sons vocais deles", disse o montador na conversa. "Se você vem de um mundo anglo-saxão, alguns sons podem ser difíceis de conseguir. Nós primeiros tentamos usar a substituição automatizada de diálogos para com esses elementos usados pelos atores, e aí tentamos o mesmo processo com outros atores no lugar e isso não funcionou."

Já o outro uso de IA no filme acontece no epílogo da trama, com um gerador de imagens sendo utilizado para criar a base de alguns dos desenhos do protagonista Lászlo Tóth. Segundo Jancsó, os desenhos criados em IA foram usados de inspiração por um ilustrador, que criou do zero as artes vistas na produção.

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Adrien Brody (O Pianista), Felicity Jones (A Teoria de Tudo), Guy Pearce (Amnésia), Alessandro Nivola (Trapaça), Joe Alwyin (Tipos de Gentileza), Emma Laird (A Noite das Bruxas) e Raffey Cassidy (Vox Lux) formam o elenco de o Brutalista.

O Brutalista acompanha a história de László Tóth (Brody), um arquiteto judeu e húngaro pioneiro na técnica do brutalismo, onde cimento é deixado visível nas obras, que migra com sua esposa Erzsébet (Jones) para os Estados Unidos para fugir da Europa diante do crescimento do nazismo. Lá, ele conhece um empresário (Pearce) que muda sua vida. Toth não foi uma pessoa real, mas seu nome é o mesmo do geologista que vandalizou a Pietà de Michelangelo em 1972 com um martelo.

O Brutalista estreia em 20 de fevereiro de 2025.

Fonte: Omelete // Pedro Strazza