Em O Último Azul, o Governo brasileiro criou um sistema perene de isolamento vertical compulsório para idosos com mais de 80 anos ficarem confinados em uma colônia. Teca tem 77 anos e mora na aldeia de Muriti, na Amazônia, quando é surpreendida pelo anúncio da redução de idade, inclusive de sua faixa etária.

Encurralada, Teca faz uma intrigante viagem escondida dos oficiais em meio a rios, barcos e o submundo para tentar realizar clandestinamente seu último sonho, fazer um passeio de avião. Já em A Melhor Mãe do Mundo, acompanhamos os sacrifícios emocionais e físicos que Gal faz para preservar a segurança e a inocência de seus filhos.

"A seleção de O Último Azul para a competição principal de Berlim só reforça o quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte, profundo e competitivo. É emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e talento - muitas vezes, com muito pouco. Sigo acreditando nesse cinema, desde Bicho de Sete Cabeças", disse Santoro em comunicado após o anúncio do filme na seleção do festival.

O presidente do júri deste ano será o cineasta americano Todd Haynes (Carol). A edição de 2025 é marcada também pela estreia de Tricia Tuttle como diretora artística de Berlim. Os filmes serão exibidos entre 13 e 23 de fevereiro, na Alemanha. Em 2008, o brasileiro Tropa de Elite, de José Padilha, foi o grande vencedor, levando para casa o Urso de Ouro.