O filme que fez história no cinema brasileiro, virou um fenômeno nas redes sociais e foi coroado com o primeiro Oscar do país, vencendo na categoria de Melhor Filme Internacional, em 2025. O filme de Walter Salles mostra a luta de Eunice Paiva (Fernanda Torres) como a mãe que precisa sustentar os pilares de sua família quando um deles, o pai, é sequestrado pela Ditadura Militar e nunca mais retorna. O trabalho impecável de recriação da época, junto com a atuação magnífica de Torres e um elenco afiadíssimo não deixavam dúvidas, desde sua estreia, de que o filme seria predestinado para grandes feitos.

Não há palavra melhor do que “histórico” para definir Cidade de Deus. Do roteiro que transita entre presente e passado às cenas de ação imersas em realismo, passando pela construção de personagens emblemáticos, o longa de Fernando Meirelles e Kátia Lund já seria só aí totalmente fora da curva. Soma-se a isso um trabalho sem precedentes para trazer a favela e seus moradores para o centro da história, em todos os aspectos, e temos um filme que iniciou uma verdadeira revolução audiovisual, no Brasil e no mundo.

Nossos espetáculos muitas vezes escondem nossos maiores erros, e quando expostos, eles se tornam algo que mal podemos encarar. Não! Não Olhe! é sem dúvidas outro espetáculo de Jordan Peele, divertido e envolvente, mas ele também tem uma carga de denúncia que vai diretamente à nossa obsessão com imagens grandiosas, sejam em feeds de redes sociais, na televisão ou no cinema. Igualmente assustador e cômico, esse filme é o pacote completo.

Maika Monroe é uma das grandes estrelas dos gêneros de suspense e terror nos últimos anos. Não muito badalada, ela estrelou o excelente Corrente do Mal e esteve ao lado de Nicolas Cage em Longlegs - Vínculo Mortal. Em Observador, seu filme menos badalado, ela interpreta uma mulher que se muda com o marido para a Romênia. Sem saber falar a língua e ficando sozinha em casa por muitas horas, ela desconfia que o vizinho do prédio da frente está espionando ela e a seguindo nas ruas. Tenso e com um bom plot twist, é pedida certa para quem gosta do gênero.

A obra-prima de Bong Joon-ho fez história no Oscar, levando quatro Oscars incluindo Melhor Filme e Direção, e não foi por nada. Parasita é divertido até virar hilário. Hilário até virar agoniante. Agoniante até virar triste. Triste até virar enfurecedor. Parasita é uma coisa até não ser mais. Aí vira outra. Um exercício de gênero que não se encaixa em nenhum deles porque transcende a todos. Como se a comédia estivesse escondida no porão do suspense

Spike Lee é um dos maiores contadores de histórias do cinema americano. Gênio por trás de filmes como Faça a Coisa Certa, Infiltrado na Klan e Malcolm X, ele fez de O Plano Perfeito a história certa para falar sobre os EUA pós 11 de setembro. Se ele já havia experimentado isso em A Última Noite, aqui ele busca na paranoia da sociedade americana após os atentados o combustível para tornar a trama de assalto ao banco ainda mais tensa. Terceiro trabalho do diretor com Denzel Washington, o filme ainda conta com Clive Owen, Jodie Foster, Willem Dafoe, Chiwetel Ejiofor e Christopher Plummer no elenco.

Uma das várias obras-primas de Alfred Hitchcock. Se você milagrosamente ainda não conhece a reviravolta, continue assim e vá assistir a Psicose, um suspense imprevisível e perverso que entretém ao nos esconder das imagens mais horripilantes possíveis, permitindo aos poucos que vejamos o cenário completo. Quando Hitchcock enfim escancara os segredos, é de cair o queixo.

O filme de Céline Sciamma venceu dois prêmios no Festival de Cannes, incluindo o de melhor roteiro, e com muitos méritos. A história do filme mostra Marianne (Noémie Merlant), uma jovem pintora na França do século 18, com a tarefa de pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel) para seu casamento, sem que ela saiba. Ao longo do tempo em que passa a observar e conhecer mais Héloïse as duas se veem cada vez mais próximas e a relação fica ainda mais forte.

Se a nova onda de adaptações de videogames para o cinema tem um representante do que é sucesso, esse filme é Super Mario Bros.. Sem tentar inventar moda como o live-action de 1993, aqui temos uma animação que mistura todos os elementos e personagens favoritos do game em uma história carismática e muito divertida. Os destaques são o Bowser, de Jack Black, assim como o Donkey Kong, feito por Seth Rogen, além, claro, da sequência de Mario Kart. Filme perfeito para o fim de semana em família.

Se o multiverso (ainda) está na moda, Celine Song descobriu que, muitas vezes, há mais força em imaginar as alternativas do que observá-las. O passado e presente de Nora (Greta Lee) se manifestam de forma cultural, física e pessoal quando ela se vê entre seu marido e sua paixão da infância, e o resultado é uma das experiências mais emocionantes, potentes e marcantes do ano, que foi indicada ao Oscar em duas categorias, incluindo Melhor Filme, em 2024.