Geni e o Zepelim | Após críticas, protagonista será atriz trans
Publicado em 20/04/25 19:00
A diretora Anna Muylaert anunciou neste fim de semana que irá reescalar o papel principal de Geni e o Zepelim, seu próximo longa-metragem, com uma artista trans. A produção foi bastante criticada nos últimos dias por escolher uma atriz cisgênero para viver a personagem.
O filme adapta para as telonas o musical A Ópera do Malandro, de 1978, e o papel é tradicionalmente associado a artistas transgêneros —Geni é identificada na obra como uma travesti. Aristas como Liniker e Camila Pitanga estavam entre as vozes que comentaram a escalação como negativa.
A decisão foi oficializada por Muylaert em seu Instagram no último sábado (19), em que ela disse reconhecer o problema da escalação de Thainá Duarte para a posição.
"A personagem principal, inicialmente concebida como uma mulher cis, passa a ser uma mulher trans/travesti, e será interpretada por uma atriz trans", explicou a cineasta em nota. "A decisão foi fruto da escuta atenta e do aprendizado de intensas trocas com pessoas de diferentes setores da sociedade."
Por que comunidade trans critica Geni e o Zepelim, e o que diz Anna Muylaert? 10 melhores filmes para assistir na Max em abril de 2025 Os filmes nacionais favoritos da equipe do OmeleteA sinopse oficial já foi liberada: "Inspirado na canção homônima de Chico Buarque, o longa narra a história de Geni, prostituta de uma cidade ribeirinha, localizada no coração da floresta amazônica. Amada pelos desvalidos e odiada pela sociedade local, ela vê sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um imponente zepelim, com um verdadeiro projeto de poder predatório para a região. Ele obriga todos a fugirem rio adentro, onde acabam presos. Porém, quando o Comandante vê Geni, ela percebe que talvez ainda haja uma chance de virar o jogo".
A Midgal Filmes coproduz o filme ao lado da Paris Entretenimento e Globo Filmes.
Geni e o Zepelim ainda não tem previsão de estreia.
Fonte: Omelete // Pedro Strazza