O CEO da Netflix, Ted Sarandos, acredita que a inteligência artificial pode ser usada para o bem quando se trata do processo de fazer filmes e séries. Em uma apresentação corporativa na quinta-feira (17), Sarandos foi perguntado sobre a relação da plataforma com a IA.

"Eu acho que a indústria toda está animada para descobrir como a IA pode ajudar criadores de conteúdo", disse ele [via Deadline], citando a seguir uma entrevista do cineasta James Cameron sobre a possibilidade de cortar custos na produção de filmes e séries através do uso da ferramenta.

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"Eu acho que, além de baratear a produção, existe uma oportunidade ainda maior de fazer com que filmes se tornem 10% melhores por causa da IA", adicionou. "[Na Netflix], os nossos talentos já estão usando a inteligência artificial para criar referências no set, pré-visualização de cenas, preparação de efeitos especiais, planejamento de tomadas, todo tipo de coisa que torne o processo mais eficiente".

"Tradicionalmente, somente os projetos de grande orçamento teriam acesso a coisas como efeitos visuais avançados. Olhe para a tecnologia de rejuvenescimento", comentou ainda, refletindo sobre o filme O Irlandês (2019), de Martin Scorsese. "Se você se lembra daquela produção, nós usamos uma tecnologia muito avançada, mas mesmo assim tivemos grandes limitações. Foi um grande passo à frente, mas não era o bastante".

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Alguns anos depois, continuou o executivo, o diretor de fotografia de O Irlandês, Rodrigo Prieto, dirigiu o filme Pedro Páramo (2024) para a plataforma: "Usando ferramentas de IA, ele foi capaz de fazer o rejuvenescimento dos atores parecer mais convincente, com uma fração do cursto. De fato, o orçamento inteiro de Pedro Páramo foi equivalente ao custo de efeitos especiais de O Irlandês. O mesmo criador, usando ferramentas melhores, fazendo o que era impossível cinco anos atrás - isso não é excitante?".

Tanto O Irlandês quanto Pedro Páramo seguem disponíveis para streaming pela Netflix.

Fonte: Omelete // Caio Coletti