Ted Kotcheff, diretor de Rambo, morre aos 94 anos
Publicado em 11/04/25 21:00
Foi revelado pelo The Globe and Mail, que o diretor canadense Ted Kotcheff, responsável por filmes como Rambo - Programado Para Matar e Um Morto Muito Louco, morreu aos 94 anos.
O filme The Apprenticeship of Duddy Kravitz (1974), estrelado por Richard Dreyfuss como um jovem ambicioso, é amplamente considerado um dos melhores filmes canadenses já produzidos. Ted Kotcheff também dirigiu Pelos Caminhos do Inferno (1971), um thriller angustiante que figura entre os grandes clássicos do cinema australiano.
O Guarda-Costas terá remake com diretor de The Eras Tour; confira Superman | "É o Superman da minha infância", diz CEO da WarnerNatural de Toronto, Kotcheff iniciou sua respeitada carreira de 60 anos dirigindo programas de televisão ao vivo. Entre seus trabalhos notáveis estão a sátira social Advinhe Quem Vem Para Roubar (1977), com George Segal e Jane Fonda; o drama esportivo sombrio Heróis Sem Amanhã (1979), estrelado por Nick Nolte e Mac Davis; e o filme de ação De Volta para o Inferno (1983), com Gene Hackman.
Kotcheff e Michael Kozoll adaptaram o livro do escritor canadense David Morrell em um roteiro para a Warner Bros.. Quando o estúdio rejeitou o projeto, a Orion Pictures pegou o roteiro, e com a sugestão do diretor, escalaram Sylvester Stallone para estrelar como John Rambo, um ex-boina-verde em uma missão suicida.
Feito com apenas US$ 16 milhões, Rambo - Programado Para Matar fez mais de US$ 125 milhões mundialmente, e o primeiro sucesso de Stallone pós-Rocky. O longa deve três sequências, nas quais Kotcheff não teve nenum tipo de participação.
“Eles me ofereceram a primeira continuação e, depois de ler o roteiro, eu disse: ‘No primeiro filme ele não mata ninguém. Neste aqui, ele mata 75 pessoas’”, lembrou Kotcheff em uma entrevista de 2016 à revista Filmmaker. “Parecia uma celebração da Guerra do Vietnã, que eu considerei uma das guerras mais estúpidas da história. Cinquenta e cinco mil jovens americanos morreram, e tantos veteranos cometeram suicídio. Eu não conseguia me forçar a fazer esse tipo de filme. É claro que eu poderia ser um homem rico hoje — aquela continuação arrecadou 300 milhões de dólares,” comentou o diretor.
Outro filme conhecido de Kotcheff, é Um Morto Muito Louco (1989), um filme sobre dois empregados de uma empresa de seguros, tentando convencer as pessoas de uma festa que seu chefe, continua vivo. Kotcheff também não quis fazer uma sequência desse filme, explicando que se esgotaram suas piadas sobre gente morta.
William Theodore Kotcheff nasceu em 7 de abril de 1931, em Toronto, durante a Grande Depressão, filho de imigrantes búlgaro-macedônios. Trabalhou em um matadouro e na Goodyear Tire & Rubber antes de se formar em Literatura Inglesa pela Universidade de Toronto.
CCXP25: ingressos à venda para todos os dias! Garanta o seu para viver o épico!Em 1953, fez sua primeira viagem aos Estados Unidos, para assistir a peças na Broadway, mas acabou sendo preso por agentes de fronteira. A Polícia Montada do Canadá havia o delatado ao FBI por conta de uma breve associação com um clube de leitura de esquerda.
Kotcheff foi preso por um curto período, rotulado como comunista e deportado de volta ao Canadá. A proibição de entrar nos EUA, decretada em 1957, levou o diretor a buscar novos caminhos em Londres, onde passou mais de uma década dirigindo produções para a televisão e o teatro.
AppleTV+ por R$9,90/mês pelos primeiros 3 mesesSua esposa, Sylvia Kay, morreu em janeiro de 2019 aos 82 anos. Ela aparece em Pelos Caminhos do Inferno.
Fonte: Omelete // Igor Pontes