Sem Chão | Diretor do filme é linchado por soldados de Israel, diz co-diretor
Publicado em 24/03/25 17:00
Hamdan Ballal (foto acima), um dos diretores do documentário Sem Chão, vencedor do prêmio de Melhor Documentário no Oscar 2025, está desaparecido.
De acordo com o relato publicado por Yuval Abraham, outro diretor da produção, Ballal foi atacado por "colonizadores" de Israel. Os relatos também indicam que o diretor teve ferimentos no estômago.
Crítica: Sem Chão esbanja eloquência ao condensar décadas de luta palestina em 1h30Veja o relato completo: "Um grupo de colonizadores acabou de linchar Hamdan Ballal, co-diretor do nosso filme Sem Chão. Eles o espancaram e ele ficou com ferimentos na cabeça e no estômago, sangrando. Os soldados invadiram a ambulância que ele chamou e o levaram. Nenhum sinal dele desde então." Um dos posts originais de Abraham ainda pode ser visto, conforme o anexo abaixo:
Yuval Abraham é um jornalista que cobre o conflito de Israel contra a Palestina. Ele também dirigiu o documentário Sem Chão ao lado não apenas de Ballal, mas também de Rachel Szor e Basel Adra.
Oscar 2025 | Lista completa de vencedores do prêmio Oscar 2025 | Onde assistir a todos os filmes vencedoresSem Chão se impõe como mais do que um relato pessoal: ele é o condensamento simbólico de um processo histórico que tem acontecido durante boa parte do século XX (mais até do que as três décadas abraçadas pelo filme), e que ganha aqui - através, sim, da história íntima de Adra, sua família e sua comunidade - uma dimensão pessoal que só o cinema pode proporcionar.
O longa começa por volta de 2009, com filmagens rudimentares de demolições coordenadas pelo exército israelense na comunidade de Masafer Yatta, no Sul da Cisjordânia, um conjunto de pequenas aldeias palestinas que sofrem pressão violenta das forças ocupadoras para deixar o local, onde muitas das famílias dos moradores vivem há mais de século.
Sem Chão ainda está em exibição em alguns cinemas brasileiros e chega ao streaming Filmelier+ em abril. A produção, que já era elogiada, se destacou após vencer o Oscar de Melhor Documentário em 2025.
Fonte: Omelete // Felipe Vinha