A Academia está considerando pedir para que os filmes que utilizarem inteligência artificial nos filmes, que revele o uso da tecnologia e está cogitando colocar isso nas regras do Oscar para 2026. O motivo seria o uso crescente de ferramentas de inteligência artificial nas produções indicadas. 

Vários filmes usaram inteligência artificial de formas diferentes entre os indicados de 2025, com filmes como Duna: Parte 2, O Brutalista, Emilia Peréz e Um Completo Desconhecido. 

Desenvolvimento de ferramentas de efeitos especiais e processos que recebam vantagem pelo uso de IA, incluindo Machine Learning, já é bem comum. Entretanto, a categoria de tecnologia emergente do Visual Effects Society Awards está repleto de indicados, incluindo o conjunto de ferramentas de aprendizado de máquina Revize da Rising Sun Pictures, sediada na Austrália, que, conforme o site da empresa, é usado para "uma variedade de aumento de ML digital, principalmente substituição de rosto, modificação de desempenho facial, rejuvenescimento, substituições corporais e outras adaptações de semelhança".

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A entrada no VES detalha a aplicação em Furiosa: Uma Saga Mad Max, e também diz que foi usado em Um Completo Desconhecido, Deadpool & Wolverine, Sonic 3: O Filme e na série Apple Never Fall. Jennie Zeiher, presidente da Rising Sun, disse que Um Completo Desconhecido e Deadpool & Wolverine usaram a tecnologia, mas não deu mais detalhes. 

Para Furiosa, a Rising Sun usou o processo em 150 cenas para fazer a transição entre Furiosa de criança para adulta. "Nós construímos controles que os artistas poderiam usar... para essencialmente marcar o visual específico exato e iterar muito rapidamente", explica o supervisor de aprendizado de máquina 2D da Rising Sun, Robert Beveridge, acrescentando: "Foi um equilíbrio muito bom de não introduzir muitas das características adultas afiadas [de Taylor Joy] quando tínhamos essa atriz mais jovem interpretando-a."

A primeira vez que a ferramenta foi usada, segundo Zeiher, foi em Elvis, para colocar Austin Butler em imagens antigas do cantor. Zeiher diz que a ferramenta planeja tornar o trabalho da equipe de efeitos especiais, mais eficiente, e colocar "mais dinheiro na tela". 

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Ferramentas de IA também podem ser encontradas em softwares de criação de conteúdo amplamente utilizados, como o CopyCat, um recurso do sistema de composição Nuke, usado em Duna: Parte Dois. Nesse caso, um modelo de aprendizado de máquina foi usado para identificar e replicar o tom azul nos olhos dos atores que interpretavam os Fremens e, ao fazer isso, economizou "centenas de horas" de trabalho, segundo a entrada do VES.

Outro caso de uso de IA foi no filme O Brutalista, que o diretor do longa, Brady Corbet, emitiu um comunicado explicando que a ferramenta de áudio Respeecher "foi usada apenas para editar diálogos em húngaro, especialmente para refinar certas vogais e letras para precisão. Nada na língua inglesa foi mudado", ele ainda adicionou que as atuações de Adrien Brody e Felicity Jones são completamente deles. 

A ferramenta Respeecher também foi identificada em Emilia Pérez, além da ferramenta que usa IA, Audio Shake, usada para separar a voz de Maria Callas de suas gravações da década de 60, para serem usadas em sua cinebiografia, Maria. 

Fonte: Omelete // Igor Pontes