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J.K. Rowling compara Neil Gaiman a Harvey Weinstein após acusações

Publicado em 13/01/25 22:00

Em luz das novas acusações que Neil Gaiman está sofrendo após uma matéria da revista VultureJ.K. Rowling, conhecida pela franquia Harry Potter, foi ao X (antigo Twitter), teceu comentários sobre a situação, comparando o autor de Sandman com o ex-produtor Harvey Weinstein, ex-produtor condenado por crimes sexuais, que desencadeou o movimento #MeToo. 

“A multidão literária que tinha muito a dizer sobre Harvey Weinstein antes de ele ser condenado tem sido estranhamente silenciada em sua resposta às múltiplas acusações contra Neil Gaiman de mulheres jovens que nunca se conheceram, mas — como com Weinstein — contam histórias notavelmente semelhantes”, Rowling escreveu esta manhã no X. 

Assim como Weinstein, Gaiman teria usado NDAs e pagamentos para silenciar as supostas vítimas. Segundo a matéria, em dezembro, Scarlett Pavlovich, uma das vítimas de Gaiman, viajou para Atlanta para encontrar outras mulheres que acusaram o autor. Elas não sabiam uma da outra até as acusações virem a público. Desde então, as jovens formaram um grupo de WhatsApp. "Foi como conhecer sobreviventes do mesmo culto", contou Kendra Stout"É impossível entender a menos que você estivesse lá", concluiu. 

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Scarlett, de 23 anos, alega que Gaiman a agrediu sexualmente poucas horas depois de seu primeiro encontro, em fevereiro de 2022, em um banheiro em sua residência na Nova Zelândia, onde ela trabalhava como babá de seu filho. Na versão de Gaiman, o autor diz que eles apenas "se abraçaram" e "ficaram" no banho, e que ele havia estabelecido consentimento para isso. A sua posição é que, durante o relacionamento sexual de três semanas que se seguiu, eles apenas se envolveram com penetração consensual.
 
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A segunda mulher, Kendra Stout, tinha 18 anos quando conheceu Gaiman em uma sessão de autógrafos em Sarasota, nos EUA, em 2003. Ela começou um relacionamento romântico com ele quando completou 20 anos, enquanto Gaiman tinha cerca de 40 anos, mas alega que ela se submeteu a sexo violento e doloroso que "não queria nem gostava." A terceira é Caroline Wallner, que viveu na propriedade de Gaiman com suas três filhas e marido até 2017.

J.K Rowling, já há algum tempo, é conhecida por declarações contra a comunidade trans em todo o mundo. A escritora está colecionando desafetos e criticou abertamente pessoas como o apresentador John Oliverastros de Harry Potter, e também disse que aceitaria ser presa por seus comentários considerados transfóbicos.

O posicionamento da autora diante da população trans divide o fandom há anos, a ponto de uma parcela dos leitores e espectadores deixarem de consumir conteúdos relacionados à obra como uma espécie de boicote.

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Fonte: Omelete // Igor Pontes

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