Na CinemaCon de 2024, o Angel Studios fez um painel com quase uma hora de duração onde mostrou a força que seu recém lançado Som da Liberdade teve, além dos planos de distribuição que tinha para os Estados Unidos e para o mundo. O potencial era evidente, assim como a aderência do público, que naquele momento já dava sinais de apoio com compra de ingressos para terceiros como doações. Em 2025, o estúdio conhecido por ter temáticas religiosas em seus filmes mostrou que está aberto a negócios, mas que não precisa, necessariamente, do apoio de Hollywood para vingar – eles já são um sucesso.

Zero Ad | Novo filme do diretor de Som da Liberdade ganha trailer

A apresentação como um todo não durou nem 40 minutos e focou em cinco lançamentos, O Rei dos Reis, animação sobre a história de Jesus contada por Charles Dickens; The Last Rodeo, drama sobre um caubói aposentado; Sketch, uma fantasia sobre uma família que imagina monstros; Truth and Treason, filme de espionagem de épocan na Segunda Guerra Mundial; e finalmente Zero AD, épico sobre o nascimento de Jesus dirigido por Alejandro Gomez Monteverde, de Som da Liberdade.

Desses, por enquanto, só O Rei dos Reis tem previsão para o Brasil: 17 de abril pela distribuidora Heaven Content.

Truth and Treason | Filme do estúdio de Som da Liberdade ganha trailer; assista

Antes de mergulhar nestes lançamentos, porém, Brandon Purdie, Head de Cinemas da Angel, desfilou uma série de argumentos sobre o sucesso do estúdio. Tudo começa, claro, com a força dos fãs da marca, que agora ganharam um nome: Angel Guild, algo como Guilda da Angel. No fundo, o programa é um sistema de assinatura que dá acesso aos lançamento do estúdio em streaming, ingressos para alguns filmes no cinema e permite que os membros votem em projetos que serão ou não produzidos pelo estúdio. Hoje, a assinatura tem mais de 1 milhão de membros.

“Nós continuamos a impressionar Hollywood por um simples motivo: nós ouvimos nossa audiência e entregamos a eles o que eles querem”, disse Purdie. E não existe uma vírgula de desinformação nisso, já que a Angel dobrou a aposta nos filmes com temática religiosa, mas diversificou os gêneros que os abordam, sem necessariamente os fazer parecer filmes sobre a igreja. Enquanto Zero AD parece um épico bíblico clássico, Sketch parece uma fantasia dramática como Amigos Imaginários. Um cidadão despercebido que assiste ao trailer de Zero AD não vai imaginar que o filme não vem de um grande estúdio hollywoodiano – vide os nomes envolvidos, Sam Worthington de Avatar, Gael García Bernal de Diários da Motocicleta, Ben Mendelsohn de Star Wars: Rogue One.

O painel se encerrou com todos os lançamentos antigos uma tela mostrando que, além do público em si, a crítica aprovou todos eles. O sucesso já é uma realidade na Angel e eles decidiram convidar os exibidores da CinemaCon a aproveitar esse engajamento com eles; caso não seja o desejo deles, tudo bem, eles parecem ter uma base fiel o suficiente para que o caminho da luz, como eles mesmo dizem, siga sendo um sucesso.

Fonte: Omelete // Thiago Romariz e Mariana Uchôa