Em entrevista ao Deadline, o cineasta brasileiro Walter Salles comentou sobre a campanha de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025, edição que trouxe a primeira estatueta da história do cinema brasileiro.

"Nós vinhamos tentando há um bom tempo", disse o cineasta. "A palavra 'campanha' nunca foi mencionada, ou era muito raramente... era mais sobre cinema e os filmes. Eu acho muito estranho que essa palavra seja tão usada, porque a discussão deveria ser sobre cinema", continuou. "O que nos manteve em movimento foi o fato de que todos, começando pela Sony Classics nos Estados Unidos, entenderam que o filme tinha que falar por si. Então, a única campanha era convidar as pessoas para ver o filme, porque no fim das contas, os filmes legendados enfrentam um desafio. Bem cedo no mercado americano, a Sony começou a convidar as pessoas a ver o filme e, finalmente, na Europa, não fizemos campanha, entre aspas, apenas lançamos o filme em diferentes países", concluiu.

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As próximas estreias acontecem na China (17/05), Japão (Agosto/2025), Escandinávia (12/09), Dinamarca (02/10) e Noruega (03/10). Ainda Estou Aqui continua concorrendo a prêmios depois do Oscar, agora no Prêmio Platino, uma das maiores premiações do cinema Ibero-Americano, onde concorre a Melhor Filme ibero-americano, Melhor Atriz com Fernanda Torres e Melhor Direção, com Walter Salles. 

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Os principais filmes na corrida do Oscar este ano incluiam Emilia Pérez, O Brutalista, Anora, Conclave e o brasileiro Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres. O longa dirigido por Walter Salles (Central do Brasil) foi indicado em Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.

Ainda Estou Aqui fez história e deu ao Brasil seu primeiro Oscar de todos os tempos. O longa ficou com prêmio de Melhor Filme Internacional, enquanto o principal vencedor da noite foi Anora, com cinco estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. Baker quebrou um recorde do Oscar ao vencer quatro prêmios pelo mesmo filme, um feito inédito.

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Ainda Estou Aqui é ambientado no Brasil de 1971, e mostra um país em crise e sob o controle cada vez maior da ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, a história verídica acompanha uma mãe de cinco filhos que é obrigada a se reinventar como ativista quando seu marido é sequestrado pela Polícia Militar e desaparece sob sua custódia.

Fonte: Omelete // Matheus Fiore