Julian Assange

Julian Paul Assange (/əˈsɑːnʒ/; nascido Julian Paul Hawkins; 3 de julho de 1971) é um ativista australiano, programador de computador, jornalista e fundador do site WikiLeaks. Atualmente, encontra-se em liberdade depois de ter assinado um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Assange foi preso em 11 de abril de 2019 e passou 1901 dias custodiado, sob a acusação de ter violado as condições estabelecidas na sua fiança em 2010. Antes, ele estava refugiado na embaixada do Equador em Londres, vivendo lá como refugiado de 2012 até seu encarceramento, em 2019.

Assange era ativo na mais importante lista de e-mails do movimento criptoanarquista. Ele fundou o site WikiLeaks em 2006 e ganhou atenção internacional em 2010 quando o site publicou uma série de documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos que haviam sido vazados por Chelsea Manning (na época chamada Bradley Manning). Entre os vazamentos estavam dados sobre o ataque aéreo a Bagdá em 12 de julho de 2007, os registros de guerra do Afeganistão e do Iraque e o CableGate (novembro de 2010). Após os vazamentos de 2010, autoridades dos Estados Unidos começaram uma investigação criminal sobre o WikiLeaks e pediu apoio a nações aliadas pelo mundo.

Em novembro de 2010, a Suécia emitiu um mandado de prisão internacional contra Assange. Ele havia sido interrogado, três meses antes, sob suspeita de agressão e estupro contra uma mulher no país, sendo essa acusação posteriormente arquivada pela justiça sueca. Assange negou as acusações e afirmou que, caso ele fosse preso em território sueco, ele seria extraditado para os Estados Unidos por ter publicado os documentos do governo americano. Assange se entregou para a polícia do Reino Unido em dezembro de 2010, mas foi libertado dez dias depois após pagamento de fiança. Não tendo sido bem-sucedido na contestação do processo de extradição, ele violou os termos da sua fiança em junho de 2012 e fugiu. Foi concedido a ele asilo político na embaixada do Equador em Londres, em agosto de 2012, e lá permaneceu até abril de 2019. Entre 2017 e 2019, Assange deteve cidadania equatoriana. Por fim, as autoridades suecas encerraram a investigação no caso de estupro e revogaram seu pedido de prisão europeu ainda em 2017. A polícia de Londres, contudo, afirmou que caso Assange deixasse a embaixada, seria preso imediatamente. Em janeiro de 2021, a justiça britânica negou, alegando risco de suicídio nas prisões norte-americanas, um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, que querem julgá-lo por revelar dados secretos e colocar a vida de pessoas em risco no processo.

Durante as primárias do Partido Democrata para a eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016, o WikiLeaks revelou diversos e-mails da candidata Hillary Clinton do seu servidor privado na época que ela era Secretária de Estado. Os Democratas, junto com analistas e especialistas em cibersegurança, afirmaram que órgãos de inteligência da Rússia haviam hackeado os emails de Hillary e então entregaram estas informações para o WikiLeaks; Assange consistentemente negou qualquer associação ou colaboração com o governo russo.

Em 27 de julho de 2018, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, afirmou que havia iniciado conversas com autoridades britânicas para remover o direito de asilo de Assange. Isso se concretizou em 11 de abril de 2019 e então a polícia de Londres, com a serventia do governo equatoriano, entrou na embaixada do Equador e prendeu Julian Assange. Sua prisão dividiu opiniões pelo mundo, com muitos exortando o acontecimento devido as supostas conexões de Assange com o governo russo para conspirar contra nações ocidentais, enquanto outros afirmam que a prisão dele viola o direito internacional e seria um atentado contra a liberdade de informação.