José Sarney

José Sarney de Araújo Costa, nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa GCC • GColSE • GCIH (Pinheiro, 24 de abril de 1930), é um advogado, jornalista, político e escritor brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro. Serviu como o 20.º Vice-presidente do Brasil durante 1985 e como o 31.º Presidente do Brasil de 1985 a 1990. Nascido em Pinheiro, no Maranhão, Sarney formou-se em direito pela Universidade Federal do Maranhão em 1953, mesmo ano em que ingressou na Academia Maranhense de Letras. No ano seguinte, Sarney concorreu ao cargo de Deputado Federal pelo Maranhão; mesmo não conseguindo ser eleito, assumiu como suplente em 1955, dando início à sua carreira política.

Durante a ditadura militar brasileira, foi eleito governador do Maranhão pela União Democrática Nacional (UDN), posteriormente se filiando à ARENA. Em 1984, sai do partido e, junto com outros ex-membros, funda a Frente Liberal. Na eleição presidencial de 1985, Sarney é escolhido como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Tancredo Neves. Tancredo vence a eleição contra o situacionista Paulo Maluf, porém tem problemas de saúde pouco antes de tomar posse e morre em seguida. Desta forma, Sarney acabou assumindo a presidência de maneira definitiva.

Em seu governo, Sarney fez planos ambiciosos para tentar reverter a forte inflação herdada do governo de João Figueiredo. Junto com o ministro da fazenda Dilson Funaro, realizou os planos Cruzado e Cruzado II, que congelaram preços com o intuito de conter o aumento dos preços. Mesmo ambos os planos tendo falhado, Sarney tentou novamente congelar os preços com o plano Bresser e o plano Verão, que igualmente não surtiram efeito. Na política externa, assinou a declaração do Iguaçu, que iniciou o projeto de implantação do Mercado Comum do Sul. Além disso, em seu governo as relações entre Brasil e Cuba, suspensas desde o início da ditadura militar, foram restabelecidas. Sarney convocou a Assembleia Nacional Constituinte de 1987, que redigiu a Constituição brasileira de 1988, substituindo a constituição ditatorial de 1967. Três meses antes de deixar a presidência, Sarney registrou uma taxa de reprovação 60% dentre os brasileiros, atribuída principalmente à falha nas suas políticas para conter a hiperinflação.

Em 1990 Sarney foi eleito novamente senador, desta vez pelo estado do Amapá. Exerceu três mandatos consecutivos, de 1991 até 2015. Neste período, presidiu o Senado Federal do Brasil em três ocasiões. Em 2014, anunciou que iria se aposentar da política no ano seguinte, encerrando assim sua carreira de mais de sessenta anos de vida pública.

Em 2022 apoiou Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao seu terceiro mandato. Lula foi eleito com 50,90% dos votos e Sarney esteve presente em sua posse no ano seguinte.