Irene Yolanda Ravache Paes de Melo (Rio de Janeiro, 6 de agosto de 1944) é uma atriz e diretora brasileira. Atuando de forma prolífica desde o início da década de 1960, firmou-se como uma das grandes damas do teatro nacional e alcançou popularidade ao protagonizar telenovelas e filmes de grande sucesso. Ravache é ganhadora de vários prêmios, incluindo sete Prêmios APCA, um Prêmio Guarani e dois Troféus Imprensa, além de ter sido nomeada para um Emmy Internacional, um Grande Otelo e um Prêmio Qualidade Brasil.
Após iniciar seus estudos de teatro, fez sua estreia profissional na peça Aconteceu em Irkutsk (1962). Assim, começou a frequentar o meio artístico que lhe abriu portas para atuar como atriz no teatro. Em 1963, ela apareceu no elenco do espetáculo Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, no papel de Mariazinha. Desde então, tornou-se presença constante no teatro brasileiro, o qual considera sua fonte de vida. Ravache fez sua estreia na televisão no mesmo período, trabalhando como âncora de telejornais em diversas emissoras. Sua primeira telenovela, gênero o qual se consagrou, foi Paixão de Outono (1965), da TV Globo. Ela logo foi requisitada para outras produções, percorrendo as principais emissoras do país, com destaque em Beto Rockfeller (1968), O Machão (1972), A Viagem (1975), recebendo o Prêmio APCA de Melhor Atriz, e O Profeta (1977).
Frequentou importantes grupos de teatro, onde amadureceu como atriz, sendo dirigida por importantes nomes do teatro, com destaque ao interpretar Amélia na peça Roda Cor de Roda (1975), que a trouxe elogios da crítica e problemas com a censura da ditadura militar. Apesar das controvérsias, sua imponente atuação lhe garantiu a alcunha de Melhor Atriz pelos importantes prêmios APCA, Molière e Governador do Estado. Ravache sempre diversificou seus trabalhos, tendo destaque também no cinema, fazendo sua estreia na obra Geração em Fuga (1973), como Malu. Recebeu aclamação da crítica como Laura no drama Lição de Amor (1975), dirigido por Eduardo Escorel, recebendo o Prêmio APCA mais uma vez.
Em 1982, teve sua primeira protagonista na TV Globo em Sol de Verão, que lhe trouxe maior popularidade, recebendo o Troféu Imprensa e mais um APCA. Irene progrediu sua carreira na televisão em papéis importantes nas novelas Champagne (1983) e Sassaricando (1987), além de ser apresentadora do programa TV Mulher (1984). Em 1983, foi amplamente elogiada pela performance no filme Que Bom Te Ver Viva, saindo-se vencedora do prêmio do Festival de Brasília e do seu quinto APCA. Na década de 1990, assinou com o SBT e estrelou grandes produções na emissora. Em 1994, teve um dos mais importantes papéis de sua carreia televisiva, a Dona Lola de Éramos Seis, pela qual novamente alcançou o feito de ser eleita Melhor Atriz pelo Troféu Imprensa e APCA. Ainda esteve em destaque em Razão de Viver (1996), Suave Veneno (1999) e Marcas da Paixão (2000).
Em seu retorno à TV Globo, esteve em evidência nas telenovelas Belíssima (2005) e Eterna Magia (2007), sendo indicada ao importante Emmy Internacional de Melhor Atriz neste última. Foi indicada ao Prêmio Guarani de Melhor Atriz por sua interpretação no filme Depois Daquele Baile (2006). Em 2010, chamou atenção no papel da excêntrica Clô em Passione, que lhe garantiu seu sétimo Troféu APCA. Nos anos recentes, Irene esteve em evidência do público no papel da milionária Charlô em Guerra dos Sexos (2012), a vilã Vitória em Além do Tempo (2015), a empresária Sabine em Pega Pega (2017) e a doce Margot em Espelho da Vida (2018).