Ilva Niño Mendonça (Floresta, 15 de novembro de 1934 – Rio de Janeiro, 12 de junho de 2024) foi uma atriz, encenadora e professora de teatro brasileira. Ao longo de uma trajetória artística que se estendeu por oito décadas, notabilizou-se especialmente nos meios televisivo e teatral, imortalizando numerosas personagens, muitas das quais representando mulheres nordestinas ou empregadas domésticas.
Em 1957, ganhou o prêmio de Melhor atriz no Festival de Amadores Nacionais por sua atuação na peça O Auto da Compadecida como a 'mulher do Padeiro'. A partir daí, permaneceu atuando em uma série de peças teatrais, tendo fundado o Teatro Ninõ de Artes Luiz Mendonça, uma homenagem à seu marido, o ator e diretor Luiz Mendonça (falecido em 1995), onde lecionou aulas artísticas por muitos anos.
A partir da década de 1970, tornou-se figura carimbada em diversas telenovelas e programas da Rede Globo, tendo interpretado domésticas, donas de casa e nordestinas, mulheres prestativas e de personalidade forte, como a sofredora Alzira em Pecado Capital (1975), a sonhadora Cotinha em Sem Lenço, sem Documento (1978), a rabugenta Iara em Partido Alto (1984), a religiosa Irmã Teresa em Terra Nostra (1999), a cangaceira Cândida em Cordel Encantado (2011) e a piauiense Epifânia em Cheias de Charme (2012). No entanto, em 1985, viveu um dos momentos mais marcantes e lembrados da sua carreira, ao interpretar a submissa Mina em Roque Santeiro, empregada que sofria nas mãos da patroa, a Viúva Porcina, interpretada por Regina Duarte, que berrava o bordão "Minaaaa!" todas as vezes que chamava a serviçal.