Donald Trump

Donald John Trump (Nova Iorque, 14 de junho de 1946) é um empresário, personalidade televisiva e político americano. Filiado ao Partido Republicano, é o atual presidente eleito dos Estados Unidos. Em 2016, venceu a eleição presidencial contra Hillary Clinton no número de delegados do colégio eleitoral, apesar de ter sofrido a maior derrota no voto popular de um presidente que conseguiu ser eleito. Foi empossado para o cargo em 20 de janeiro de 2017 e presidiu até 20 de janeiro de 2021, após perder as eleições de 2020 para Joe Biden. Apesar de ter encerrado seu primeiro mandato com os maiores níveis de impopularidade da história do país, venceu as eleições de 2024 contra Kamala Harris com o apoio de pouco menos da metade do eleitorado, tornando-se o primeiro ex-presidente desde Grover Cleveland a vencer um segundo mandato não consecutivo.

Nasceu em Nova Iorque e graduou-se na Universidade da Pensilvânia. Em 1971, recebeu de seu pai, Fred Trump, o controle da empresa que viria a ser a The Trump Organization. Durante sua carreira, construiu empreendimentos com sua marca em todo o mundo e também foi dono do concurso Miss USA, fez breves aparições em filmes e séries de televisão e apresentou e coproduziu o reality show The Apprentice. Em junho de 2015, anunciou sua candidatura à presidência pelo Partido Republicano e em maio de 2016 foi formalmente nomeado. Venceu as eleições de 2016, em um pleito marcado por acusações de interferência russa a favor da campanha de Trump. Durante sua primeiro mandato, assinou maciços cortes de impostos, tentou desfazer o Obamacare e também fez várias revisões de normas ambientais para expandir a exploração de combustíveis fósseis. Na política externa, proibiu a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos, criou a agenda America First, retirando o país das negociações do acordo da Parceria Transpacífica, do Acordo de Paris e do acordo nuclear com o Irã. Ele também impôs tarifas sobre diversos produtos importados, o que levou a uma guerra comercial com a China, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e teve três encontros sem resultado com o ditador norte-coreano Kim Jong-un.

Após denúncias de que teria feito solicitações indevidas ao governo ucraniano, sofreu seu primeiro processo de impeachment na Câmara dos Representantes, mas foi absolvido pelo Senado em fevereiro de 2020. Durante a pandemia de COVID-19, minimizou a ameaça do vírus, ignorou recomendações de especialistas e fez várias declarações falsas e enganosas sobre a doença. Após perder a eleição de 2020 para Biden, se recusou a conceder a derrota, fez acusações falsas de fraude eleitoral, moveu processos judiciais e ordenou que oficiais do seu governo não cooperassem com a transição presidencial. Em janeiro de 2021, uma semana antes de deixar o cargo, sofreu uma segundo impeachment pela Câmara, quando foi acusado de incitar a invasão do Capitólio por seus apoiadores, embora o Senado viesse a inocentá-lo mais uma vez, tornando-se o único presidente americano que sofreu duas tentativas de impeachment.

Sua política e retórica levaram à criação do movimento chamado trumpismo. Além de ter promovido teorias da conspiração e desinformação durante suas campanhas e presidência em um grau sem precedentes na política americana, muitos de seus comentários e ações também foram caracterizados como racistas e misóginos. Após seu primeiro mandato, acadêmicos e historiadores o classificaram como um dos piores presidentes da história americana. Em 2024, foi considerado culpado de falsificar registros comerciais, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a ser condenado por um crime, e enfrentou acusações criminais adicionais relacionadas à sua tentativa de interferência nos resultados das eleições e ao manuseio indevido de documentos confidenciais. No mesmo ano, no entanto, ganhou as primárias republicanas com pouca concorrência e foi oficializado candidato à presidência. Em uma campanha marcada pela polarização política, sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício no condado de Butler, Pensilvânia.