Cristiane Torloni

Christiane Maria dos Santos Torloni (São Paulo, 18 de fevereiro de 1957) é uma atriz brasileira. Prolífica na dramaturgia brasileira desde a década de 1970, ela é particularmente conhecida por seus retratos de mulheres fortes e independentes na televisão e em peças de sucesso no teatro. Ela é vencedora de inúmeros prêmios, incluindo um APCA, dois Prêmios Qualidade Brasil e um Shell, além de ter recebido indicações para um Grande Otelo e três Troféus Imprensa.

Após estudar teatro no IBAM, Torloni começou sua carreira atuando na televisão. Sua estreia oficial ocorreu em um episódio do Caso Especial, da TV Globo, em 1975. Ela fez sua estreia em telenovelas em 1976 em Duas Vidas, também na TV Globo. Continuou fazendo outros papéis de destaque na televisão, chegando a ocupar o posto de protagonista título em Gina (1978) e destaques em Baila Comigo (1981), Louco Amor (1983) e Partido Alto (1984). Torloni teve seu primeiro grande sucesso popular em 1985 com a novela A Gata Comeu, no papel da irreverente Jô Penteado, e, no ano seguinte, foi reconhecida pela versatilidade ao encarnar a grande vilã de Selva de Pedra (1986), a obcecada Fernanda.

Concomitantemente, desenvolveu uma sólida carreira no teatro, sendo As Preciosas Ridículas, de Molière, seu primeiro destaque. Alcançou o sucesso da crítica em O Lobo de Ray-Ban (1988), Salomé (1997) e Joana D'arc (2000). Foi consagrada nos palcos ao receber o Prêmio Shell e o Prêmio Qualidade Brasil por sua aclamada interpretação em Master Class (2016), interpretando a cantoria lírica Maria Callas. Também dedicou-se ao cinema com um expressivo trabalho, sobretudo na década de 1980, estrelando sucessos como Rio Babilônia (1982), O Bom Burguês (1983), Águia na Cabeça (1984), Perfume de Gardênia (1992) e Chico Xavier (2011), que lhe valera a indicação ao Grande Otelo de Melhor Atriz.

De volta à televisão, foi responsável por encabeçar o elenco de duas expressivas produções da TV Manchete: Corpo Santo (1987) e Kananga do Japão (1995). Ao longo de sua carreira, acumula três indicações ao tradicional Troféu Imprensa de Melhor Atriz, pela geniosa Diná em A Viagem (1994), as sósias de temperamentos opostos Vivi e Fernanda em Cara e Coroa (1995) e a memorável vilã perversa Tereza Cristina em Fina Estampa (2011). Em 2001, foi eleita a personalidade do ano na televisão pela revista IstoÉ por sua vilã cômica Laila em Um Anjo Caiu do Céu, que também lhe rendeu o aclamado Prêmio APCA de Melhor Atriz. Ademais, ela é reconhecida também por seus trabalhos de destaque em Mulheres Apaixonadas (2003) — na qual interpretou uma Helena de Manoel Carlos, América (2005), Caminho das Índias (2009), Alto Astral (2014) e Velho Chico (2016).