Cameron B. Crowe (Palm Springs, 13 de Julho de 1957) é um diretor de cinema e argumentista estadunidense. Antes de dar início à sua carreira na indústria cinematográfica, Crowe era editor contribuinte da revista Rolling Stone para a qual ainda escreve com frequência.
Crowe destacou-se com os seus filmes centrados nas personagens e baseados em experiências pessoais que são geralmente elogiados pela sua originalidade e falta de cinismo. Michael Walker do The New York Times disse que Crowe era "uma espécie de porta-voz cinematográfico da geração do pós baby-boom", devido aos seus primeiros filmes que se centravam nesse grupo específico, primeiro como alunos do liceu e, mais tarde, como jovens adultos que se integravam no mundo.
O primeiro guião de Crowe, Fast Times at Ridgemont High, saiu de um livro que ele escreveu quando fingiu ser um aluno do Clairemont High School em San Diego, Califórnia durante um ano. Aí conheceu Geraldine Edwards, que estudava lá quando ele foi visitar amigos comuns em 1975. Mais tarde foi nela que se inspirou para criar a personagem de Penny Lane em Quase Famosos depois de descobrir que ela ia aos bastidores dos concertos de Rock and Roll. Depois escreveu e realizou mais um filme sobre o liceu, Say Anything e depois Singles, uma histórias de habitantes de Seattle na casa dos vinte que se juntava a uma banda sonora centrada na cena grunge da cidade. Contudo Crowe conseguiu o seu maior sucesso com Jerry Maguire. Depois desse filme recebeu o apoio do estúdio para desenvolver o seu projecto de estimação: um guião autobiográfico chamado Quase Famosos. Centrado num jornalista de música adolescente em digressão com uma banda em ascensão, era a representação da sua vida aos 15 anos quando escrevia para a Rolling Stone. Parte do diálogo foi inspirado em comentários feitos por Bebe Buell em certas entrevistas. Também em 1999, Crowe lançou o seu segundo livro, Conversations with Billy Wilder, uma entrevista com o realizador lendário.