Ana Lúcia Torre Rodrigues (São Paulo, 21 de abril de 1945) é uma atriz brasileira. Conhecida por sua versatilidade em atuação, ganhou destaque, em especial, por seus trabalhos na televisão. Ela já ganhou vários prêmios, incluindo um Prêmio APCA, um Prêmio Guarani e um Prêmio Mambembe, além de ter recebido indicações para Grande Otelo, dois Prêmios Qualidade Brasil e um Prêmio Shell.
Torre começou a estudar teatro na década de 1960, formando-se profissionalmente em Lisboa, Portugal. Começou sua carreira nos palcos em 1966 em Morte e Vida Severina, na montagem da peça. Morou durante anos em países europeus, como na Noruega e na Inglaterra, voltando para o Brasil na década de 1970, quando fez sua estreia profissional como atriz na peça Equus, em 1976. No mesmo ano fez sua estreia na televisão em uma pequena participação na novela Escrava Isaura. No entanto, seu primeiro grande papel na televisão foi em 1977 na novela Dona Xepa, como a esnobe Glorita. Desde então, intensificou seus trabalhos na televisão, sobretudo em telenovelas, tornando-se muito popular no meio artístico.
Ela protagonizou diversas peças de teatro, como O Castelo das Sete Torres, que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Mambembe de melhor atriz, a maior premiação do teatro brasileiro à época, em 1979. Em 1995 se destacou no espetáculo Rastro Atrás, como Mariana, recebendo o Prêmio Mambembe de melhor atriz coadjuvante. Na televisão, ela ainda obteve destaque nas novelas Tieta (1989) e A Indomada (1997), saindo-se vencedora do Prêmio APCA de melhor atriz coadjuvante em televisão pela última. Em 2001, ela esteve em um montagem da peça de sucesso Eles Não Usam Black-tie, como Romana, e por esse trabalho foi indicada ao Prêmio Governador do Estado de melhor atriz. Em 2005 ela interpretou um de seus papéis mais marcantes na televisão: a vilã perversa Débora Saboya na novela Alma Gêmea. A personagem se popularizou, especialmente pela cena da sua morte na trama, que viralizou na internet com diversos memes. Por esse trabalho, ela foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil de melhor atriz coadjuvante.
No cinema, Ana Lúcia também recebeu aclamação por sua atuação. Em 2008 protagonizou o curta-metragem Na Madrugada, sendo muito elogiada e vencendo o Troféu Candango de melhor atriz pelo Festival de Brasília. Em 2010 protagonizou a tragicomédia Reflexões de um Liquidificador, como a dona de casa Elvira. Torre foi reverenciada por sua interpretação, recebendo vários prêmios, incluindo o Prêmio Guarani de Melhor Atriz, maior premiação da critica cinematográfica do país. Ainda em 2010 foi protagonista da peça Seria Cômico Se Não Fosse Sério, novamente sendo elogiada pela crítica e indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz. Em 2011 esteve na novela Insensato Coração, como a vilã cômica Tia Neném, trabalho de muita repercussão e pelo qual foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil, Prêmio Extra e Prêmio Contigo!, todos na categoria de melhor atriz coadjuvante. Em 2018 foi indicada ao Grande Otelo e ao Prêmio Guarani de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel no filme Bingo: O Rei das Manhãs. Ela ainda teve grandes papéis nas novelas Verdades Secretas (2015), Espelho da Vida (2018), Quanto Mais Vida, Melhor! (2021) e Travessia (2022).